- Nome Científico: Caesalpinia echinata
- Família: Leguminosae-caesalpinoideae
- Nomes Populares: ibirapitanga, orabutã,
brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitã, muirapiranga, pau-rosado e
pau-de-pernambuco.
- Origem: Mata Atlântica
Pau-brasil. Foto: Daderot
[Public domain], via Wikimedia Commons
Em estudo realizado pelo naturalista
francêsJean Baptiste Lamarck, a árvore do Pau-Brasil foi apresentada
como tendo espinhos
em seu tronco e galhos duros e pontiagudos destacando-se naturalmente no
tronco. Sua casca é pardo-acinzentada ou pardo-rosada em suas partes salientes,
seu miolo é vermelho, chegando a atingir até 40 metros de altura. As flores
possuem pétalas amarelo-ouro, sendo uma delas denominada vexílio, por possuir
matiz vermelho-púrpura e suas flores serem muito ornamentais. Seu fruto – a
vagem – libera sementes, as quais possuem o formato de elipses, medindo de 1 a
1,5 cm de diâmetro.
Várias eram as suas utilidades - os
índios o usavam na produção de seus arcos e flechas e na pintura de enfeites,
antes mesmo dos portugueses aqui chegarem. Porém a famosa brasileína – essência
corante extraída da madeira, utilizada no tingimento de tecidos e na produção
de tintas para desenho e pintura – era o que poderia render lucros e dividendos
à Coroa. Portugal, que antes adquiria esta substância por intermédio dos
mercadores que vinham do Oriente, visualizando um futuro promissor pela frente,
tornou a exploração do Pau-Brasil posse exclusiva da Coroa.
A exploração
A exploração da árvore do pau-brasil
veio a ser a primeira atividade econômica empreendida pelos portugueses em
território brasileiro. Sua extração foi fácil, pois o pau-brasil estava
localizado em florestas adjacentes ao litoral e havia um intercâmbio permanente
com os índios, que talhavam e conduziam as toras em troca de mercadorias
européias banais, tais como facões, machados, espelhos, panos, entre outras
coisas.
O pau-brasil só poderia ser retirado de
nossas matas se houvesse uma autorização preliminar da Coroa Portuguesa e o
acerto das taxas era estipulado por esta. O primeiro a usufruir dessa
concessão, em 1501, foi Fernando de Noronha, o qual tinha como sócios vários
comerciantes judeus, porém, em troca desta permissão, tinham por obrigação
enviar embarcações à nova terra, encontrar pelo menos trezentas léguas de
costa, pagar uma quantia pré -estipulada à Coroa e também edificar e conservar
as fortificações, mantendo assim a segurança do novo território tão almejado
pelos invasores.
Era proibido aos colonos explorar ou
queimar a madeira corante. Os espanhóis, por apreço ao que dizia o Tratado de Tordesilhas, retiraram-se do litoral brasileiro, ao contrário
dos piratas franceses que, ignorando tal tratado, passaram a extrair a madeira
ilicitamente, inclusive lançando fogo na parte inferior do tronco, causando
muitos incêndios, o que veio a provocar sérios prejuízos à mata. O fim do ciclo econômico do Pau-Brasil ocorreu
no século 19, pela enorme carência da espécie nas matas e pela descoberta de um
corante não natural correlativo.
No ano de 1530, em alguns locais
litorâneos, o pau-brasil já é insuficiente, apesar do Brasil ter mantido a
exportação da madeira até o início do século XIX. A exploração era tosca,
destruindo boa parte de nossas florestas. Do início de seu tráfico restou
somente 3% de Floresta Atlântica e, por conseqüência, convivemos até hoje com o
desmatamento indiscriminado que coloca em perigo nossa biodiversidade. (Veja Desmatamento da Mata Atlântica)
Curiosidades
- Sua floração ocorre do final do mês
de setembro até meados de outubro. Entre os meses de novembro e janeiro ocorre
a maturação dos frutos.
- O pau-brasil era considerado extinto,
quando em 1928 verificou-se a existência de uma árvore de pau-brasil em um
lugar denominado Engenho São Bento, hoje Estação Ecológica da Tapacurá,
pertencente à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRP).
Atualmente, a espécie está tão ameaçada
quanto diversas outras que povoam a Mata Atlântica, que apesar de ser um dos
ecossistemas de maior diversidade é também um dos mais ameaçados do planeta.
Para que a árvore do pau-brasil, tão importante para a nossa história, não se
torne desconhecida, o Jardim Botânico de São Paulo implantou, em 1979, um
“bosque de pau-brasil”, na intenção de preservá-lo para que mais brasileiros
conheçam esta espécie.
Bibliografia
http://www.udr.org.br/tecnicas_plantio2.htm
http://www.geocities.ws/Baja/Mesa/7068/Descobrim_pbrasil.html
http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/paubrasil/cap2/testemunha.htm
http://www.coladaweb.com/hisbrasil/ciclo_paubrasil.htm
http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=537
http://www.arvores.brasil.nom.br/paubras1/index.htm
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http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=537
http://www.arvores.brasil.nom.br/paubras1/index.htm
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